The Walking Dead 7ª Temporada | Crítica da 1ª Parte (Episódios 1 ao 8)

The Walking Dead encerra sua primeira metade da 7ª temporada sendo extremamente fidedigno a obra original, fato que agrada muito os fãs dos quadrinhos, mas que também deixa uma sensação agridoce para o público geral em termos de ritmo.

Depois do primeiro episódio impactante, que poderia ter sido encaixado na season finale da 6ª Temporada para fins narrativos, a série seguiu com capítulos mais cadenciados, explorando vagarosamente a psique dos personagens.

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Em termos de história o compasso também foi lento, apresentando cenas icônicas provenientes dos quadrinhos, avançando gradualmente para o arco “All Out War” – “Guerra Total” e apresentando um dos melhores personagens da franquia, se não o melhor, Negan.

De forma geral os primeiros oito episódios dessa nova história foram competentes e mantiveram notas altas, porém, existem ressalvas a serem pontuadas. The Walking Dead tem como base o material original de Robert Kirkman e quando é utilizado fielmente transpõem-se para a tela coisas incríveis, mas quando um conceito original é criado especialmente para a produção televisiva a coisa muda de figura drasticamente.

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O conteúdo autoral da série de TV em sua maioria é ruim, com raras exceções, tal como “Here’s Not Here”, trama original que dá destaque a Morgan na temporada passada. “Swear”, episódio focado em Tara e Heath, é um exemplo crasso de como o que é concebido exclusivamente para a TV é descartável e de péssima qualidade.

Outro problema dessa temporada foi a má utilização dos personagens. Vimos Maggie no primeiro episódio e depois apenas no quinto, Carol e Morgan tiveram seus momentos no capítulo dois e depois apenas no oito e assim por diante. Alguns personagens se tornam esquecíveis com tal escolha narrativa e os coadjuvantes que poderiam ser mais explorados, já que o formato é permissivo, não são e isso limita a quantidade de núcleos relevantes.

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Quanto ao formato de narrativa utilizado, cunhado como “Slow Burn” – “Ritmo mais cadenciado/lento” nos Estados Unidos, entendo como aceitável pela própria característica do arco, que inicialmente é de desconstrução de Rick e seu grupo, negação, revolta, aceitação e posteriormente a volta por cima.

Ressalvas pontuadas, existem coisas bem legais até aqui, especialmente Negan. Jeffrey Dean Morgan é um excelente ator e conhecedor do personagem, fato que combinado com seus trejeitos criaram um antagonista acima da média. Antagonista? Ele não é um vilão? Sim, é. Porém o peso a ele dado, carregando praticamente a primeira metade da temporada nas costas, e sua importância em história futuras o tornam o ponto mais alto até aqui.

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A introdução do Reino e Ezekiel foram interessantes, a evolução e dualidade de Dwight foi bem explorada dentro do possível, a fidelidade de Daryl diante de sua ideologia foi pautada, a liderança eminente de Maggie em Hilltop foi pincelada, Carl teve seus melhores momentos desde o início da saga e Jesus mostrou-se um bom personagem confirmando a expectativa do público.

Tudo poderia ter sido melhor explorado e diluído entre os episódios para dar um recheio melhor ao todo, mas são escolhas de Scott Gimple e sua equipe e vamos ver onde elas nos levam.

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Para finalizar, os núcleos poderiam ter se misturado mais com fins de dinamismo e alguns personagens poderiam não ter sido subaproveitados, mas isso são aspectos corrigíveis e que não tem um peso tão grande dentro da história que The Walking Dead está se propondo a contar.

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Fernando Floriano
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