Um vírus que saiu do controle. Alguma arma biológica desconhecida. Uma maldição pura. A doença da vaca louca e suas possíveis causas em humanos (Um hambúrguer contaminado numa loja de conveniências?). Se em jogos e filmes já vimos muitas causas para a pandemia zumbi, em The Walking Dead ainda há uma grande margem para possibilidades.

No final da segunda temporada, vemos Shane voltar dos mortos mesmo sem ter sido mordido, o que só reafirma algo que já havia sido visto nos HQ’s: que, seja o que for, todos já estão “contaminados”.

Desse ponto, seria óbvio pensar que em algo que se espalhou pelo ar, talvez uma bactéria desconhecida, que age apenas diante da morte do corpo em que habita. Bactéria esta, que teria a capacidade de reanimar o morto e fazê-lo se locomover e tentar se alimentar.

Talvez a doença ou toxina poderia ter sido espalhada pela água, afinal, todos consomem água, seja pura ou nos alimentos. Aliás, o contágio pelos alimentos, pela carne de animais ou mesmo pelas plantas vivas, seria uma boa teoria. É algo que facilmente atingiria grandes proporções. Um exemplo é o filme “The Happening” (2008), onde as plantas passam, de uma hora para outra, a liberar uma misteriosa toxina que faz com que as pessoas tenham instintos suicidas. Não seria esse o caso na série, mas o meio de transmissão poderia ser o mesmo.

No mundo apocalíptico de “Zombieland” (2009), embora seja um filme de comédia, tudo começou devido a doença da vaca louca, que se espalhou pelo consumo da carne bovina, acabando por transformar as pessoas contaminadas em zumbis (Ok, esperamos que não seja assim em The Walking Dead).

Quem sabe ainda, uma espécie de parasita que permanece ligado ao cérebro e toma as rédeas quando a vida se esvai. Mas que, devido ao corpo não conseguir mais produzir, por si, energia que o alimente, acaba estimulando-o a nutri-se de forma desesperada.

Em todos esses casos vistos, os mortos perseguem os vivos por uma única razão: se alimentar. Isso deixa claro que os zumbis ainda sentem necessidades básicas, mesmo que instintivas, como fome, e sabem, de uma forma imbuída e visceral, que precisam de alimento para continuar existindo. O que nos leva novamente a uma espécie de toxina, algo mais subjetivo.

Uma maldição, para as características da série, não seria conveniente nem realmente aceitável. O mesmo vale para qualquer coisa sobrenatural. E também não quero ver, no último episódio da série, Rick despertar num hospital e descobrir que tudo não passou de um sonho durante o coma. Não seria plausível. Claro que falar sobre algo aceitável num cenário apocalíptico dominado por zumbis é um pouco redundante, mas o contexto está ai.

E esse é um problema para séries que mantém por tanto tempo o mistério: a resolução precisa ser realmente brilhante, ou chega mesmo a decepcionar os fãs. Poderia citar “Lost” como exemplo, mas por várias circunstâncias, essa série não seria um bom exemplo.

Há menos que vejamos mais fragmentos, referências ou qualquer coisa que nos indique algo, teremos de nos contentar com conjecturas. Mas existe a certeza de que a situação, em algum ponto, precisará ser explicada. Claro que nem todos os personagens chegarão até o fim para ver.