Se algum dia já quis viver em um meio a um apocalipse zumbi, Seed me fez desistir. Sério! E se um dia xinguei a Lori, dessa vez me senti triste por sua situação.

Enquanto estivemos aqui sedentos por mais The Walking Dead, o grupo de Rick Grimes enfrentava o inverno/inferno escondendo-se de lugar em lugar até o mesmo deixar de ser seguro. E é em uma dessas que a terceira temporada se inicia. Ela já chega lotada de cargas emocionais, focalizando o olhar completamente parado de um zumbi pouco antes de ser definitivamente destruído por T-Dog, que parece ter voltado a série inclusive.

Definitivamente o piquenique acabou! Os personagens jamais estiveram tão fortes e abatidos ao mesmo tempo. A tensão entre eles faz com que você não saiba exatamente como andam as relações. Carl cresceu! Logo nas primeiras cenas me perguntei onde estaria aquele garoto chorão e que vivia criando problemas o tempo todo (Dale que o diga) Pois o único garoto que vi até agora foi um que adentrou a casa ” abandonada ” com uma arma na mão e que não hesitou 1 minuto antes de estourar a cabeça de uma inocente zumbi que vagava por lá.

Todos agora são atiradores de elite. Isso pode parecer surreal, mas a necessidade faz milagres. O grupo aparentava ter aprendido as regras do jogo. Mas por quanto tempo?

A expressão de Rick finalmente ganhou alguma vida ao avistar a prisão. Conquista-la seria difícil, mas não impossível, então não havia nada a pensar, cansados ou não, todos deveriam continuar lutando.

A área conquistada é um cenário digno de qualquer produção de terror, porém sua segurança faz com que ninguém se importe em dormir em suas celas sanguinolentas.

Quando Rick, Glenn, Maggie, Hershel, T-Dog e Daryl exploram outra área da prisão, deparam-se mais um grande número de zumbis, e na confusão Hershel é mordido. Confesso que meu primeiro pensamento foi sobre quem faria o parto de Lori, mas não acredito que alguém do grupo tenha tido tempo de pensar sobre isso.

Tudo começa em um pé bem ruim para eles, e termina em outro talvez pior, com Rick sendo obrigado a amputar a perna de Hershel sem qualquer espécie de anestesia, zumbis do outro lado da porta e prisioneiros vivos surgindo.

Algo seria chocante demais para aquele grupo? Creio que não mais.

Ver Andrea doente me fez sentir grande angústia, mas fiquei feliz por alguém estar ali para ajuda-la. Alias, Danai Gurira já mostrou para que veio e caiu como uma luva encarnando Michonne, personagem de grande importância na HQ. Ambas não apareceram muito durante o episódio, mas ainda há muito pela frente.

Os 45 minutos passaram voando e me deixaram aqui com uma sêde absurda por mais e mais.
A qualidade fotográfica remeteu imediatamente ao piloto, oque animou bastante. O elenco me pareceu mais a vontade e consequentemente convincente em seus personagens. Cito particularmente a Maggie, que cresceu muito. Sou uma grande fã de suas expressões incrivelmente realistas.

O roteiro propôs uma grande reflexão sobre companheirismo e o quão forte a aliança construída pelo grupo estava. Especialmente entre Rick e Daryl, que tornaram-se uma espécie de unidade.
Foi um episódio violento e dramático, seguindo em um ritmo empolgante com muitos zumbis sendo abatidos. Era difícil respirar entre as cenas de ação e as breves calmarias.

Em minha visão Seed tornou The Walking Dead um épico.